Da janela da minha cabeça eu vejo os mistérios
Que acontecem pelas costas da televisão
Esquinas, becos, pisos e ruelas
O ombro a ombro
A avalanche de tetos de zinco
Difundindo a claridade dos que ainda acreditam
Que a solução está nos outros cidadãos
Fotografias, percevejos na parede
Eu presto atenção
Hipnotizado pelas cenas discretas dos momentos poéticos
Revelados num filme de prata, causando a impressão
Que a vida é toda em pedacinhos
Frutos daquela canção
Da janela da minha cabeça eu ouço os ruídos
Que persistem na minha visão
Esteriótipo do acaso digital, a impressão, o fanatismo, o amor, o suicídio
Ninguém explica, não tem explicação
Da janela da minha cabeça...